Antes que a forte e raçuda equipe
do Vasco se defrontasse na final contra o leve e técnico Cruzeiro, a batalha já acontecia nos
bastidores. O regulamento favorecia o time de melhor campanha, que era o Cruzeiro, e a partida deveria ser disputada no Mineirão. Hábeis, os dirigentes
vascaínos pediram a interdição do Mineirão, baseados em uma determinação da
CBD, que punia com rigor as invasões de campo, fato que aconteceu quando
Cruzeiro e Vasco se enfrentaram pela fase final.
Membros da comissão técnica e
dirigentes do Cruzeiro tentaram agredir o bandeirinha e o juiz daquele jogo.
Diante disso, a CBD determinou a inversão do mando de campo. O Cruzeiro entrou
com recursos, mas a primeira vitória do Vasco na grande decisão já estava
garantida. 115 mil torcedores compareceram ao Maracanã naquela quinta-feira
chuvosa.
O Vasco começou cauteloso, com
Roberto enfiado na frente e forte marcação. Aos 14 minutos, Jorginho Carvoeiro
arranca pela ponta e é contido com uma falta. Ele mesmo bate, tocando curto
para Fidélis fazer o cruzamento. A bola bate no peito de Darci Menezes e sobra
para o chute rasteiro e mortal de Ademir. O Maracanã estremece com o primeiro
gol do Vasco.
Foto: Reprodução |
No segundo tempo, o Cruzeiro apresenta algumas mudanças, e em dez minutos perde duas boas chances de empatar. O Vasco parecia nervoso. Uma bola mal rebatida por Alcir acaba sobrando para Perfumo, que toca para Nelinho mandar uma bomba e empatar. A torcida não desanima. Canta e solta o seu grito de guerra. Moisés comanda o time, sem antes distribuir meia dúzia de pontapés, Zanata avança, ajudando Luís Carlos. Os jogadores do Vasco marcavam em cima e buscavam o gol. Quando faltavam doze minutos para o término da partida, a bola é esticada ao incansável Jorginho. Vítor sai no desespero e choca-se com o ponta. A bola corre para o lado certo e Carvoeiro manda para o gol vazio. O Maracanã estremece novamente, e a torcida abre as faixas: “Vasco Campeão Brasileiro”. (Fonte: Folha do Esporte, de 07/02/1992)
Vasco
2x1 Cruzeiro |
|
Andrada;
Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho, Roberto
e Luís Carlos. |
Vitor;
Nelinho, Perfumo, Darci Meneses e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu
Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo (Baiano). |
Técnico: Mário Travaglini |
Técnico: Hílton Chaves |
Local: Estádio Mário Filho (Maracanã), 1º de agosto de 1974. Árbitro: Armando Marques, auxiliado por Oscar Scolfaro e José Favile Neto. Gols: Ademir 14’ do 1º tempo; Nelinho 19’ e Jorginho Carvoeiro 33’ do 2º tempo. Renda: Cr$ 1.413.281,50, com 112.933 pagantes |
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