sexta-feira, 14 de agosto de 2020

VASCÃO É CAMPEÃO DO BRASIL EM 1974

 


Foto: Acervo O Lance


Antes que a forte e raçuda equipe do Vasco se defrontasse na final contra o leve e técnico Cruzeiro, a batalha já acontecia nos bastidores. O regulamento favorecia o time de melhor campanha, que era o Cruzeiro, e a partida deveria ser disputada no Mineirão. Hábeis, os dirigentes vascaínos pediram a interdição do Mineirão, baseados em uma determinação da CBD, que punia com rigor as invasões de campo, fato que aconteceu quando Cruzeiro e Vasco se enfrentaram pela fase final.

Membros da comissão técnica e dirigentes do Cruzeiro tentaram agredir o bandeirinha e o juiz daquele jogo. Diante disso, a CBD determinou a inversão do mando de campo. O Cruzeiro entrou com recursos, mas a primeira vitória do Vasco na grande decisão já estava garantida. 115 mil torcedores compareceram ao Maracanã naquela quinta-feira chuvosa.

O Vasco começou cauteloso, com Roberto enfiado na frente e forte marcação. Aos 14 minutos, Jorginho Carvoeiro arranca pela ponta e é contido com uma falta. Ele mesmo bate, tocando curto para Fidélis fazer o cruzamento. A bola bate no peito de Darci Menezes e sobra para o chute rasteiro e mortal de Ademir. O Maracanã estremece com o primeiro gol do Vasco. 

Foto: Reprodução

No segundo tempo, o Cruzeiro apresenta algumas mudanças, e em dez minutos perde duas boas chances de empatar. O Vasco parecia nervoso. Uma bola mal rebatida por Alcir acaba sobrando para Perfumo, que toca para Nelinho mandar uma bomba e empatar. A torcida não desanima. Canta e solta o seu grito de guerra. Moisés comanda o time, sem antes distribuir meia dúzia de pontapés, Zanata avança, ajudando Luís Carlos. Os jogadores do Vasco marcavam em cima e buscavam o gol. Quando faltavam doze minutos para o término da partida, a bola é esticada ao incansável Jorginho. Vítor sai no desespero e choca-se com o ponta. A bola corre para o lado certo e Carvoeiro manda para o gol vazio. O Maracanã estremece novamente, e a torcida abre as faixas: “Vasco Campeão Brasileiro”.                                                                                 (Fonte: Folha do Esporte, de 07/02/1992)

Vasco 2x1 Cruzeiro

Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho, Roberto e Luís Carlos.

Vitor; Nelinho, Perfumo, Darci Meneses e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha (Joãozinho) e Eduardo (Baiano).

Técnico: Mário Travaglini

Técnico: Hílton Chaves

Local: Estádio Mário Filho (Maracanã), 1º de agosto de 1974. 

Árbitro: Armando Marques, auxiliado por Oscar Scolfaro e José Favile Neto.

GolsAdemir 14’ do 1º tempo; Nelinho 19’ e Jorginho Carvoeiro 33’ do 2º tempo.

 Renda: Cr$ 1.413.281,50, com 112.933 pagantes






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