Foto: Blog Mauro Beting |
Depois de vencer o Cruzeiro por 1 a 0, no Mineirão, e o
Internacional por 2 a 1, de virada, em São Paulo, no quadrangular decisivo do 3º
Campeonato Nacional de Clubes, o Palmeiras, de novo com sua Academia, jogava
pelo empate contra o São Paulo para conquistar o bicampeonato brasileiro. O
título de 1973 só foi decidido dia 20 de fevereiro de 1974 – a bagunça imperava
naquela época – e outro 0 a 0 fez a torcida do Verdão explodir de alegria no
Morumbi.
Osvaldo Brandão, ainda técnico do Palmeiras,
deixou o cigarro de lado por alguns minutos para mostrar o caminho da vitória
aos seus jogadores: anular o hábil meia uruguaio Pedro Rocha e não deixar o
esperto e oportunista centroavante Mirandinha pegar na bola. A defesa do Verdão
deu conta do recado, o meio-campo desarmava o adversário e alimentava o ataque
com eficiência e, na frente, Leivinha, César e Nei deixavam os tricolores em
pânico quando partiam em direção ao gol.
E a torcida palmeirense, maioria absoluta no estádio, com
cerca de 80% do público, viu o goleiro são-paulino Waldir Perez praticar
defesas milagrosas (foi eleito o melhor em campo) e salvar seu time da derrota.
Mas o 0 a 0 servia e o Palmeiras levou mais uma taça para o Parque Antártica.
Foto: Blog Mauro Beting |
O campeonato de 73 teve 40 clubes, 656 jogos, média de 15.460 pagantes por jogo (ainda caindo), 1.202 gols (subindo) e média de 1,83 gols por partida caindo em relação ao ano anterior e igualando-se à do primeiro campeonato). Ramon, do Santa Cruz, foi o artilheiro em 1973, com 21 gols.
PALMEIRAS
0X0 SÃO PAULO, 20/02/1974, Morumbi. Árbitro
– Arnaldo César Coelho (RJ). Renda
– Cr$ 997.860,00; Público – 66.549 pagantes. Palmeiras
- Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo,
Leivinha, César e Nei. Técnico – Osvaldo Brandão. São
Paulo – Waldir Peres; Forlan (Nélson), Paranhos, Arlindo e Gilberto; Chicão e
Pedro Rocha; Terto, Zé Carlos (Ratinho), Mirandinha e Piau. Técnico – José
Poy. |
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