sexta-feira, 4 de setembro de 2020

EM 1977 DEU SÃO PAULO EM CIMA DO INVICTO GALO

 

                                                          (Foto: Rodolfo Machado)


Os torcedores do Atlético Mineiro e do São Paulo jamais esquecerão aquele domingo, 5 de março de 1978, decisão do campeonato Brasileiro de 1977. O zagueiro Márcio, do Atlético, acaba de chutar o último pênalti para fora. Depois de duas tentativas frustradas, em 71 e 73, o São Paulo, enfim, ganhava seu primeiro título. Os 100 mil torcedores do Galo não acreditavam no que acontecera: o Atlético, considerado o melhor time da competição, era apenas o vice-campeão, invicto.

Imagem: arquivo UAI/EM

Mais do que a festa dos cerca de 3 mil são-paulinos e a comemoração dos jogadores em campo, carregando o técnico tricampeão, Rubens Minelli, em triunfo, a cena mais marcante da final, publicada em quase todos os jornais do país, coube aos atleticanos. Abraçados, os jogadores deixavam o campo do Mineirão derrotados, arrasados, mas certos de que fizeram o melhor ao longo da disputa. O artilheiro e craque Reinaldo, suspenso, fez muita falta na final.


Sem o craque Pedro Rocha durante a campanha e com Serginho fora de final por ter sido suspenso 14 meses após agredir um bandeirinha na derrota de 1 a 0 para o Botafogo, em Ribeirão Preto, o São Paulo se impôs em terreiro alheio. Com um time compacto e operário, o São Paulo deu um nó no Galo e levou a partida como quis. Tanto assim que João Leite salvou vários gols e ainda teve uma bola na trave.

                              

        

Foto: Blog São Paulo

Nos pênaltis, valeu a experiência e a catimba de Waldir Peres contra o nervosismo e a falta de confiança de Cerezo, Joãozinho Paulista e Márcio, que desperdiçaram suas cobranças.

Com recorde de 62 clubes, o Brasileiro-77 teve 483 jogos, média de público de 16.472 pessoas por jogo, 1.194 gols (segunda melhor marca) e a maior média até então de gols por partida, 2,47. Reinaldo, do Atlético, o artilheiro, com 28 gols. Em 21 jogos, o São Paulo venceu 14 (entre eles, uma goleada de 4 a 1 no Inter bicampeão, em pleno Beira-Rio), empatou 4 e perdeu 4, marcou 42 gols e sofreu 15.

FONTE: Folha do Esporte, 09/02/1992


ATLÉTICO (MG) 0X0 SÃO PAULO, 5/03/1978, Mineirão.

Árbitro – Arnaldo César Coelho (RJ).

Renda – Cr$ 6.857.080,00; Público – 102.974 pagantes.

Obs – 0 a 0 na prorrogação; São Paulo 3 a 2 nos pênaltis, gols de Antenor, Peres, Bezerra (SP) e Ziza e Alves (AM). Não coverteram: Chicão (SP), Cerezo, Joãozinho e Márcio (AM).

Atlético (MG) – João Leite; Alves, Márcio, Vantuir e Valdemir; Cerezo, Ângelo e Marcelo (Paulo Isidoro); Serginho, Caio Cambalhota (Joãozinho Paulista) e Ziza. Técnico – Barbatana.

São Paulo – Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão, Teodoro (Peres) e Dario Pereyra; Zé Sérgio, Mirandinha e Viana (Neca). Técnico – Rubens Minelli.


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